No último dia de debates sobre alterações no relatório de Francisco do PT na CPI da Covid do Rio Grande do Norte, os deputados indiciaram a governadora Fátima Bezerra.
O presidente da CPI, Kelps Lima, afirmou ser “altamente improvável que a decisão de transferência de recursos (para o Consórcio Nordeste) fosse feito sem a autorização expressa da governadora Fátima Bezerra”. Em depoimento, o secretário de saúde do RN, Cipriano Maia, disse que a decisão da transferência foi exclusivamente dele, diante do prazo de 12 horas para o pagamento que foi dado.

A fala de Kelps é sobre os R$ 4,8 milhões pagos através do Consórcio Nordeste à empresa Hempcare na compra frustrada de respiradores durante a pandemia da covid.
Kelps Lima, Gustavo Carvalho e Getúlio Rêgo votaram pelo indiciamento da governadora, enquanto Francisco do PT e George Soares foram contra.
Houve pedido de indiciamento ainda para o governador da Bahia, que também é presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa, e para o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster.
Na quarta-feira (15), a reunião da CPI na Assembleia Legislativa do RN já havia concluído entre os pedidos de indiciamento o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, por contratos assinados durante a pandemia pela pasta, como compra de equipamentos e insumos e implantação de UTIs.
Votaram pelo indiciamento da governadora o presidente da CPI, Kelps Lima (Solidariedade), e os deputados Getúlio Rêgo (DEM) e Gustavo Carvalho (PSDB), que compõem a comissão – ao todo são cinco.
Em coletiva, representantes do governo do RN disseram que não foi constatado nenhuma ilegalidade e se disseram surpresos com o pedido. Os representantes ainda pontuaram que houve um uso político em detrimento de um conceito técnico na apuração da CPI
19